domingo, 17 de agosto de 2008

O homem dos balões...



"A cada dia um novo sopro. O Homem dos Balões se enche de novos voadores e quase suspende no ar. O vento traiçoeiro espalha cores pelo infinito..."


E não é que voltei? Fiquei tão empolgado com a cartola que, sem perceber, me escondi dentro dela e demorei a sair. Na verdade, estava ajeitando os rumos para uma nova viagem. Já sabem. Bom, essa já deve ser a minha quarta tentativa para associar palavras e imagem, e criar esse novo frutexto, mas enquanto não saía, esperava como rascunho. Amadurecia.

Na colheita passada eu pensei sobre a possibilidade de um reset cerebral e fiz a comparação homem/máquina. Parando pra pensar, comparar homem a objetos gera tanta filosofia, que se eu me deixar levar, trasformo isso aqui em loja de departamento. Sem garantia. O vendável desta vez está acima contorcido, fazendo pose... pois bem, à história.

"O Homem chegou mansinho. Escolheu o bom lugar, melhorou a luz e dividiu as águas. Fez o gramado esverdecer e o coração pulsar. Buscava a perfeição na paisagem e na criação. Seus balões precisavam ser vistos e as cores destes, propositalmente diferentes, precisavam brincar com harmonia enquanto ganhassem o céu. Sem pretenção, o Homem soprou dois balões e só observou. Flutuavam gostoso na brisa calma e breve. Breve calma. Nenhum detalhe poderia falhar e nenhum dos balões, ser perdido. Deveriam viver de ar e viver de voar . Voar sem atentar à timidez pela diferença de cores.

Balão não come maçã. Não comia, pelo menos. O Homem sabia que a hora se fez chegada e então libertou mais balões. A cada dia um novo sopro. Ele se encheu de novos voadores e quase suspendeu no ar. O vento traiçoeiro espalhou cores pelo infinito... Os flutuantes tomaram rumo incerto, sabendo só que precisavam chegar cada vez mais alto e cada dia mais inflado. Foi assim que eles exalaram odores de raiva e gritaram descobrindo novos sentimentos, nem sempre tão bons. O que não sabiam, ou ignoravam saber, era que o Homem dos Balões já havia premeditado o mesmo fim a todos e que por mais cheios que fossem ou mais alto estivessem, tinham todos a mesma matéria os compondo e eram todos parte do estudo de um velho Baloeiro."

"Mesma matéria, cores diferentes, somos todos objetos de estudo de um velho Baloeiro, possuidor do final."

sábado, 24 de maio de 2008

Top Hat

Demorei para atualizar. Fiquei longe dessa máquina e fiz os meus próprios pensamentos se alinharem. Afinal, qualquer falha de memória ou processamentos errados no computador são resolvidos com um clique na reinicialização. Em situações extremas, formatação. Infelizmente, no cérebro humano a coisa não funciona dessa maneira. Para alguns casos seria sensacional contar com a ajuda do botão reset, poder reinicializar a programação, selecionar memórias e mandá-las pra Lixeira, limpar sensações erradas, refazer configurações e o melhor, ter tempo para desligar, esfriar... Até dormindo essa engenhoca não pára de contabilizar idéias, organizar "arquivos" e refazer pensamentos. Aí sobra pra gente a brava batalha de forçar contra o psicológico e por na linha tudo que nos faz mal. Passar um rastelo nas folhas caídas e recolher as maçãs podres que estragam um dia, são tarefas nada fáceis e que exigem paciência. Deve ser por isso que pessoas se debilitam diante de problemas. Foi bom eu ter conseguido limpar meu jardim. Agora planto novas sementes e espero, como disse na postagem anterior, colher os frutos mais suculentos...
Visto minha cartola lúdica e é impossível esconder debaixo dela a mente conturbada. Se algo está ruim, o paladar dos pensamentos manda estímulos formadores de expressões azedas e, literalmente, fica na cara que alguma coisa não vai bem. Até sorrir parece forçado. Mas aquele fio de cabelo que insiste em ficar arrepiado, se comporta direitinho sob o efeito anti-frizz e estético da cartola. Por aí vai. No mais, fica por nossa conta adoçar as sensações e fazê-las liberarem estímulos mais agradáveis á face. Ahhh, tudo está bem! Estou Feliz!

domingo, 27 de abril de 2008

Falando em frutos suculentos...


Comentários têm me inspirado muito e por isso sempre é bom recebê-los. São o que eu preciso pra próxima postagem, para um surto de idéias ou mesmo pra seguir em busca de uma imagem bonita e que se funda com o blog, na gama de cores, traços, transparências e dimensões. Já posso contar com a presença do mel, do dragão, da coletânea de poemas que dizem tanto a respeito dos dias, das sensações e do mundo e com a delícia de ter na vida todos os mais interessantes temas. Tão bom.
Peço que a cada dia, por "arar, arar, A terRA araR, arar a terra", eu colha um novo fruto, daqueles suculentos e coloridos frutos, aqui também chamados de texto, mas que, intimamente são todos eles SONHOS meus.

sábado, 19 de abril de 2008

Enfim...o Blog!


Meu primeiro blog era lugar de manifestações bobas e de revoltas intimistas. Derramava os conflitos da pré-adolecência em cada postagem e sentia como se tivesse um psicólogo virtual, que mesmo não me aconselhando, dava espaço para desabafar, desabafar, desabafar... Passando a época turbulenta deixei de lado o meu blog. Fui revê-lo só ano passado, quando Geruza propôs que diversificassemos as aulas de Literatura por meio dos blogs. Fiz a faxina, reformei e o transformei num palco para que se apresentassem os marcantes Períodos Literários. Ano acabado, deixei o blog de lado mais uma vez e agora, revivo a vontade de escrever.

Esse cheiro de tinta fresca já devia estar no ar faz tempo. Escrever é um exercício que me faz bem e que, sem dúvida, vai me ajudar sempre. Pode ser que eu demore a atualizá-lo, que eu nem escreva tanto e posso até não ter idéias constantemente, me dou esse direito, mas quero sempre um clique, um comentário, uma resposta. Dêem a mim e ao meu blog, as boas-vindas.